terça-feira, 18 de agosto de 2009

A Índia fica logo ali...

Nos últimos meses temos sido atropelados com músicas e expressões incompreensíveis vindas da Índia. Tudo por conta de uma novela da Glória Perez. Eu, por minha vez, acho as novelas dessa escritora um tanto quanto chatas, além de ficarem bem aquém e além da realidade. Tudo bem que não dê para seguir o tempo cronológico nesse tipo de programa, mas abusar da falta de verossimilhança também tem limites, né?!

Além de ser mais fácil pegar um voo para a Índia do que fazer a ponte aérea Rio-São Paulo, nunca imaginei que vacas de rua fossem tão gordinhas e saudáveis. Dá até pra imaginar que elas cheiram bem e não são cheias de carrapatos, aliás, me parece que não há insetos na Índia de Glória Perez. Não há dentistas ou quaisquer outros tipos de serviços pelo meio da rua e tudo parece bem limpo e organizado. Dá para passear de elefante sem dar de cara com um trânsito caótico. O mercado é tão bonitinho... O SAARA, aqui no Rio, deve ser um desastre para os indianos glorescos. E aquela casta de excluídos? A única humilhação é varrer o chão para os outros e lavar banheiros? Por Lorde Ganesha!!! Acho que sou um deles!!! Uma Índia cheia de aromas, cores, música e dança...

Bom, outro dia me deparei com uma Índia bem diferente da do universo de Glória. Finalmente consegui assistir a "Quem quer ser um milionário". Esperava um filme bem diferente do que vi. Afinal de contas, vivemos criando expectativas, não é mesmo?

Todavia, isso não quer dizer que eu não tenha gostado do que assisti. Pelo contrário: se você ainda não assistiu ao filme, faça-o. É uma bela história.

Vamos a ela então!

O filme nos oferece, como já disse, uma Índia bem diferente da que estamos acostumados a ver na novela das 21h. Mas nada muito diferente do que estamos acostumados, infelizmente, a ver ao nosso redor pelo Brasil. Crianças sem ter o que comer, sem estudar, sobrevivendo no meio da miséria extrema. Homens se matando em nome dos seus deuses. Órfãos tendo que se virar para crescer. E nem sempre eles conseguem crescer tão longe da violência e da miséria que os acompanhou por toda a vida...

Mas o filme fala e mostra mais do que isso...

Fala de algo maior e, se assim me permitirem falar, de algos maiores: de amor, da força do amor; de sonhos e de Destino. Sim, Destino e não destino. Eu o chamo carinhosamente de Moira, como faziam os gregos antigos.

A Moira é o destino inevitável, aquele que não pode ser mudado nem pelos deuses. Às vezes me pego acreditando nisso, mas falar sobre a Moira é uma outra história. Fica para um próximo post...

Voltando ao filme...

O que ficou em mim foi que o amor é o combustível maior de nossas vidas, o que nos dá ânimo de seguir em frente. É ele que nos faz sonhar e buscar os sonhos... E aí entra o destino... Que nos diz que, apesar de tudo, o que tem que ser nosso por direito, ah! será! MAKTUB!!!

Até a próxima!