
Além de ser mais fácil pegar um voo para a Índia do que fazer a ponte aérea Rio-São Paulo, nunca imaginei que vacas de rua fossem tão gordinhas e saudáveis. Dá até pra imaginar que elas cheiram bem e não são cheias de carrapatos, aliás, me parece que não há insetos na Índia de Glória Perez. Não há dentistas ou quaisquer outros tipos de serviços pelo meio da rua e tudo parece bem limpo e organizado. Dá para passear de elefante sem dar de cara com um trânsito caótico. O mercado é tão bonitinho... O SAARA, aqui no Rio, deve ser um desastre para os indianos glorescos. E aquela casta de excluídos? A única humilhação é varrer o chão para os outros e lavar banheiros? Por Lorde Ganesha!!! Acho que sou um deles!!! Uma Índia cheia de aromas, cores, música e dança...
Bom, outro dia me deparei com uma Índia bem diferente da do universo de Glória. Finalmente consegui assistir a "Quem quer ser um milionário". Esperava um filme bem diferente do que vi. Afinal de contas, vivemos criando expectativas, não é mesmo?
Todavia, isso não quer dizer que eu não tenha gostado do que assisti. Pelo contrário: se você ainda não assistiu ao filme, faça-o. É uma bela história.
Vamos a ela então!
O filme nos oferece, como já disse, uma Índia bem diferente da que estamos acostumados a ver na novela das 21h. Mas nada muito diferente do que estamos acostumados, infelizmente, a ver ao nosso redor pelo Brasil. Crianças sem ter o que comer, sem estudar, sobrevivendo no meio da miséria extrema. Homens se matando em nome dos seus deuses. Órfãos tendo que se virar para crescer. E nem sempre eles conseguem crescer tão longe da violência e da miséria que os acompanhou por toda a vida...
Mas o filme fala e mostra mais do que isso...
Fala de algo maior e, se assim me permitirem falar, de algos maiores: de amor, da força do amor; de sonhos e de Destino. Sim, Destino e não destino. Eu o chamo carinhosamente de Moira, como faziam os gregos antigos.
A Moira é o destino inevitável, aquele que não pode ser mudado nem pelos deuses. Às vezes me pego acreditando nisso, mas falar sobre a Moira é uma outra história. Fica para um próximo post...
Voltando ao filme...
O que ficou em mim foi que o amor é o combustível maior de nossas vidas, o que nos dá ânimo de seguir em frente. É ele que nos faz sonhar e buscar os sonhos... E aí entra o destino... Que nos diz que, apesar de tudo, o que tem que ser nosso por direito, ah! será! MAKTUB!!!

Até a próxima!