Hoje ouvi essa música na rádio e fiquei cantando feliz, feliz!!! Devo ter acabado com a paciência do marido ou talvez estourado seus tímpanos; todavia, fiquei pensando nas coisas boas que a vida tem me dado...
Te Ver
Skank
Composição: Samuel Rosa / Lelo Zanetti / Chico Amaral
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...(2x)
É como mergulhar no rio
E não se molhar
É como não morrer de frio
No gelo polar
É ter o estômago vazio
Não almoçar
É ver o céu se abrir no estio
E não se animar...
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...
É como esperar o prato
E não salivar
Sentir apertar o sapato
E não descalçar
É ver alguém feliz de fato
Sem alguém prá amar
É como procurar no mato
Estrela do mar...
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...
É como não sentir calor
Em Cuiabá
Ou como no Arpoador
Não ver o mar
É como não morrer de raiva
Com a política
Ignorar que a tarde
Vai vadiar e mítica
É como ver televisão
E não dormir
Ver um bichano pelo chão
E não sorrir
E como não provar o nectar
de um lindo amor
Depois que o coração detecta
A mais fina flor...
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível...(2x)
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Sinestesia
Ter voltado a morar no lugar que passei a maior parte da minha vida tem me deixado bastante saudosista... É como (talvez seja de fato!) se cada esquina guardasse para mim uma história de minha infância e adolescência.
Ver os vizinhos de sempre, estar tão perto do meu irmão, andar com ele pelas ruas em que tantas vezes andamos juntos, encontrar com muita frequência os amigos de infância...
É como lembrar da volta pra casa depois do colégio, meu irmão indo correndo lá na frente e minha mãe chamando por ele. João me faz pensar e lembrar disso.
Um cheiro que me é familiar... Fico impressionada com a capacidade da memória olfativa! Normalmente é ela quem me traz as recordações mais intensas...
Toda vez que estou esperando o ônibus para ir trabalhar, lembro que minha avó nos encontrava toda quinta-feira em frente às "Casas da Banha" para irmos juntos ao colégio. É quase como se pudesse,mais uma vez, pegar sua mão.
Ai, sem contar as tardes durante a semana, em que nós, eu e amigos de infância, estávamos sempre juntos: na casa da Ded jogando vôlei na rua ou alguns jogos de tabuleiro; eu, Tatá e Keka - e nosso grupo Deep (inesquecível!)- reunidas com o inseparável violão no minúsculo quarto da Keka (e eu de mera companhia, porque sou desafinadíssima e nunca consegui aprender a tocar o tal do violão; além de nossas composições serem em inglês, língua que, na época, me era completamente estranha!); e, ainda, as terças e quintas fantásticas em que tentávamos, todas, aprender a dominar o skate com nosso pacientíssimo professor-amigo Roger!
Apesar da saudade, é muito bom constatar que eu e meu irmão ainda andamos juntos por aqui, mais irmãos do que jamais fomos, aliás; e que temos agora nosso João, que de vez em quando buscamos juntos na escola. Eu e os amigos de infância ainda somos amigos, tão amigos-irmãos como sempre fomos. Agora com os nossos agregados e o nosso pequeno Thiago. As ruas continuam familiares. Alguns estranhos são os mesmos de outrora. Uma familiaridade reconfortante...
Ai, e isso me faz (e)ternamente feliz...
PS: A imagem é uma tela de Salvador Dali: "Landscape with Butterflies".
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Amazing Racing 2010
Para dar uma forcinha para uns amigos loucos que querem muito participar do Amazing Racing de 2010 venho pedir para vocês darem uma olhadinha no vídeo deles. Eu podia estar roubando, mas estou aqui pedindo... De qualquer forma, essas duas figuras vão te fazer rir!!!
http://www.youtube.com/watch?v=xyZA9dnd5KU#watch-main-area
http://www.youtube.com/watch?v=xyZA9dnd5KU#watch-main-area
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
(Re)Conhecendo...
Acredito que conhecer a história da minha família seja também uma forma de construir a minha identidade. E esse desejo de conhecer meus ascendentes sempre foi muito intenso para mim.
E, mesmo com essa grande disposição para a pesquisa genealógica, isso nunca foi muito fácil. Sou a filha mais velha dos meus pais. Bom, isso realmente não facilitou as coisas para mim. Quando eu nasci minha mãe tinha 40 anos e meu pai - acreditem! - 53. Não tive contato com meus primos, eram todos muito mais velhos do que eu! Além disso, não tive uma família grande, unida e feliz!
Não conheci os pais dos meus pais, ambos já haviam morrido. Minha avó paterna deve ter nascido ainda no século XIX e a minha avó materna faleceu quando eu tinha 7 anos.
Nunca pude sentar no colo do vovô Manuel (que minha mãe dizia ser um bom homem), pai do meu pai, para ouvi-lo contar as histórias de Portugal; nem entender porque minha avó paterna sempre ouvia músicas tristes e usava sempre saias com aventais e uma argola de ouro em suas orelhas. A única coisa que eu lembro dela é que parecia uma bruxa dos contos de fada! Meu pai nunca contou histórias sobre sua família e até este domingo (eu e meus domingos sem ter o que fazer!) nunca soube nada deles, só que vieram de Portugal no início do século XX.
Na família de minha mãe foi pior ainda. Sei que a parte do pai dela veio de Portugal. A família da vovó veio da Itália. Só. Lembro de minha mãe falar que eles vieram da Calábria, mas não faço ideia se isso é verdade ou não.
Pois bem, quero chegar ao domingo passado...
Um primo, há pouco tempo, mandou-me uns documentos de nosso avô e, finalmente, pude descobrir de que região de Portugal ele veio.
Pesquisando no meu querido companheiro de buscas internéticas, descobri mais do que onde fica a freguesia de Malpartida. Achei uma conversa sobre o meu avô em um fórum de genealogia! Mais, descobri o nome de meus bisavós e até trisavós, com direito a transcrição de suas certidões de batismo e casamento!!! E mais, descobri que meu avô contava para a minha prima mais velha que ele ouvia os galos cantarem na Espanha enquanto estava no trabalho.
Me senti no colo de meu velho avô ouvindo suas histórias sobre galos, Portugal e Espanha... Mais do que isso, foi como se uma parte de mim tivesse sido preenchida na última tarde de domingo na frente do meu computador em pleno século XXI!
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