segunda-feira, 17 de maio de 2010
Maternidade
O mês de maio, confesso, não é o meu mês favorito há 10 anos. Essa história de mês das mães e de falecimento da minha mãe, sei lá, não combina muito, não acham?! Bom, o fato é que fico mais melancólica do que sou normalmente nesse período do ano. Esse ano, particularmente, estava envolvida de forma mais intensa com essa história de maternidade e, digo a vocês, foi, está sendo, bastante doloroso conviver com isso.
Estou querendo ser mãe. A relação, no entanto, que eu sempre tive da maternidade foi algo bem diferente do habitual. Lembro de que na adolescência achava que maternidade não tinha muito a ver com um pai. Dizia para minha mãe que adotaria uma criança e seríamos bem felizes nós três juntas, eu, meu filho e minha mãe. O casamento era repudiado por mim, sério!
O tempo passou. Perdi minha mãe, repudiei a ideia de ser mãe e arrumei um marido.
Ai, e que bom que o mundo gira e as coisas mudam. E algumas, apesar de dolorosas, apesar de eternamente dolorosas, nos fazem crescer, ser mais fortes e a amadurecer e aperfeiçoar ideias.
A ideia da maternidade amadureceu em minha cabeça e na do meu marido também. Mas fazer o que se minha saúde dificulta as coisas? Tratamentos, riscos, medos, anseios...
Não, não comigo.
Gravidez é realmente algo superestimado por todo mundo! Por que confundir maternidade com gravidez? Será, de fato, mãe somente aquela que carrega um bebê na barriga? Será que para ser meu filho e que para eu amá-lo eu precise identificar nele os meus traços e os de meu marido? Só merece meu amor porque carrega meus genes?
Céus, achei que em pleno século XXI as pessoa estivessem mais evoluídas, juro! As pessoas ainda questionam isso. As características físicas, a cor da pele, o caráter que tantos creem ser hereditário!
Aprendi que maternidade é muito mais do que eu ter um filho saído de minhas entranhas. Aprendi que maternidade é amor! E que amor não é algo instantâneo. O elo genético nos obriga a amar. Mas amor não é obrigação. É escolha. Amar é amar apesar de. A gente conquista amor. O amor se contrói um dia após o outro.
É, meu filho não será gerado por mim,nem crescerá na minha barriga. Talvez ele chegue já grandinho até. Não sei que cor ele terá. Como serão seus cabelos e seus olhos. Nem mesmo sei o nome que ele ou ela terá! Mas sei que ele será muito feliz, porque ele é desejado e muito querido por nós e nossos amigos.
Essa foi a grande herança que minha mãe deixou para o seu neto: uma vida construída com muito amor!
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4 comentários:
Amiga,
Acho que amor de mãe, seja o filho gerado dentro ou fora dela, é instantâneo: aparece a partir do exato momento que você sabe que é responsável por aquela criança e que deve amá-la, protegê-la, educá-la, prepará-la para a vida. Acredito, sinceramente, que é assim. E acho que também acontece assim com os tios e tias que torcem juntos com os pais. E eu já amo seu filho! E se for filha, melhor ainda, pra te tirar da sua zona de conforto! rssr
Bjú!
Eu tb acho que vai ser uma menina!!!!
E vai ter que me chamar de Tia kekel!!!Mesmo se for grandinha. ;)
Vcs e a Ded serão as tias mais lindas e melhores do mundo, tenho certeza disso!!!
Pode deixar que durante as visitas no orfanato falarei de vcs para ela ou ele e aprenderão a chamá-las de tia Tatá, tia Kekel e tia Ded... rs
Amo vcs!
Tb amo vcs, mas gostaria de ser chamado de Aelius Maximus por favor.
Obrigado.
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