quinta-feira, 11 de junho de 2009

A bicicleta

Aprendi a andar de bicicleta com uns três anos. Era uma bicicleta vermelha, com rodinhas dos dois lados. Minha casa tinha um longo corredor, que ligava o hall de entrada à sala de jantar. Era esse o nosso trajeto. Eu e minha bicicleta vermelha saíamos do hall, percorríamos o tal corredor até a sala de jantar, passeávamos ao redor da mesa e voltávamos ao ponto do qual partíramos. Fazíamos isso repetidamente... Depois nos mudamos para uma casa que ficava em uma rua sem saída. Ah! Agora sim entendia o que era a liberdade! A bicicleta, agora maior, também era vermelha, mas sem as rodinhas. Essa era a primeira impressão da liberdade. Mas qual o quê!!! Ainda nem falei do vento, ah! o vento que bate no rosto da gente...

Cresci um pouco e fiquei com medo daquelas bicicletas gigantes! Nunca mais andei de bicicleta... Até hoje.
Dizem que andar de bicicleta é algo que a gente nunca esquece... Lá se iam 20 anos! É tempo demais. Será?!
Marido dizia que eu não sabia andar de bicicleta, mas eu sou teimosa, né?! Não desisto fácil assim. Desafios? É comigo mesmo. Decidi comprovar a máxima que ouvi a minha vida toda. Tati e Keka me apoiaram e lá fomos nós dar uma volta de bibicleta pela Lagoa Rodrigo de Freitas. Maridos não nos acompanharam...
A bicicleta era vermelha... Um mar de lembranças invadiu minha mente. E quando não havia gente na ciclovia podíamos ir mais rápido, eu e minha bicicleta vermelha... Senti por alguns instantes o vento, de novo, batendo no meu rosto. O vento trazendo, mais uma vez a deliciosa sensação de liberdade... A deliciosa sensação de estar ali, num dia que nem estava bonito (céu nublado...), e eu estava ali, andando de bicicleta de novo com minhas amigas de infância...
Depois de 15 minutos começou a chover. Foi bom sentir a chuva caindo também, mas ela, teimosa, continuou a cair e interrompeu nosso passeio.
Devolvemos as bicicletas, pagamos o aluguel e fomos até Ipanema almoçar.

Um delicioso dia para recordar... (e repetir!)

2 comentários:

Sra. Confitê disse...

Sincronicidade!
O que para mim foram 5, para você foram quinze...Mas isso não importa. O que vale é saber que sempre existirá a sensação de liberdade e a brisa no rosto quando uma bicicleta vermelha passar.

Ana Christina disse...

E as amigas de infância...