quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Esperanças

Certo dia, quando eu era criança, uma esperança pousou na parede da sala da minha casa. Eu, típica menina, gritei, apavorada com o monstruoso inseto. Meu irmão, típico menino, quis pegar o inseto para jogar em mim. Minha mãe, sábia mulher, mandou deixar a esperança em paz! Era bom termos esperança em nosso lar... Não só o inseto, que deve ter ganho este nome somente por causa de sua cor.
Não, não irei falar de inseto, mas de esperança. Afinal de contas, pousou uma na minha casa novamente.

A esperança é um homem grande, forte, com uma aparência até meio rude. Chega a lembrar o Shrek, aquele mesmo do desenho animado, que, por coincidência (será?!), é verdinho como o inseto! Bom, Esperança não é verde, é marrom, como diria meu sobrinho com toda a inocência de quem ainda não sabe nada de raças e preconceitos.

Não gosto de insetos e os que me conhecem sabem que também não sou muito fã de seres humanos, mas Esperança não é um ser humano qualquer. O coração deste homem é um sem fim de amor... Quanto caráter, quanta sabedoria em tanta ignorância...

Uma esperança como esta deveria aparecer na casa de todos, pelo menos uma vez na vida.

Hoje afirmei a ele que minha esperança havia sido perdida há algum tempo. Ah! Ainda não tinha percebido que Esperança me trouxe a esperança de volta quando pousou na parede de minha casa.

2 comentários:

Nilton Braga disse...

Você está se superando.

Parabéns. Excelente post.

Ana Christina disse...

Obrigada, querido...
Fico lisonjeada...