quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

(Re)Conhecendo...


Acredito que conhecer a história da minha família seja também uma forma de construir a minha identidade. E esse desejo de conhecer meus ascendentes sempre foi muito intenso para mim.
E, mesmo com essa grande disposição para a pesquisa genealógica, isso nunca foi muito fácil. Sou a filha mais velha dos meus pais. Bom, isso realmente não facilitou as coisas para mim. Quando eu nasci minha mãe tinha 40 anos e meu pai - acreditem! - 53. Não tive contato com meus primos, eram todos muito mais velhos do que eu! Além disso, não tive uma família grande, unida e feliz!
Não conheci os pais dos meus pais, ambos já haviam morrido. Minha avó paterna deve ter nascido ainda no século XIX e a minha avó materna faleceu quando eu tinha 7 anos.
Nunca pude sentar no colo do vovô Manuel (que minha mãe dizia ser um bom homem), pai do meu pai, para ouvi-lo contar as histórias de Portugal; nem entender porque minha avó paterna sempre ouvia músicas tristes e usava sempre saias com aventais e uma argola de ouro em suas orelhas. A única coisa que eu lembro dela é que parecia uma bruxa dos contos de fada! Meu pai nunca contou histórias sobre sua família e até este domingo (eu e meus domingos sem ter o que fazer!) nunca soube nada deles, só que vieram de Portugal no início do século XX.

Na família de minha mãe foi pior ainda. Sei que a parte do pai dela veio de Portugal. A família da vovó veio da Itália. Só. Lembro de minha mãe falar que eles vieram da Calábria, mas não faço ideia se isso é verdade ou não.

Pois bem, quero chegar ao domingo passado...

Um primo, há pouco tempo, mandou-me uns documentos de nosso avô e, finalmente, pude descobrir de que região de Portugal ele veio.
Pesquisando no meu querido companheiro de buscas internéticas, descobri mais do que onde fica a freguesia de Malpartida. Achei uma conversa sobre o meu avô em um fórum de genealogia! Mais, descobri o nome de meus bisavós e até trisavós, com direito a transcrição de suas certidões de batismo e casamento!!! E mais, descobri que meu avô contava para a minha prima mais velha que ele ouvia os galos cantarem na Espanha enquanto estava no trabalho.

Me senti no colo de meu velho avô ouvindo suas histórias sobre galos, Portugal e Espanha... Mais do que isso, foi como se uma parte de mim tivesse sido preenchida na última tarde de domingo na frente do meu computador em pleno século XXI!

3 comentários:

Nilton Braga disse...

IMPRESSIONANTE.

Vc achou informações sobre seu avô num fórum, ou eu entendi errado?

Ana Christina disse...

Era uma fórum de genealogia e uma prima minha participava do fórum. Pude então ver as mensagens trocadas por ela com algumas informações do meu avô dadas por ela e por um cara que mandou várias outras para ela!

Tatiana Amorim disse...

Que lindo, Ana!