Quem conta um conto aumenta um ponto?!

Era uma noite de sábado. Mais uma noite de verão nos subúrbios do Rio de Janeiro. Estávamos todos reunidos no apartamento novo de um casal de amigos. E como normalmente acontece, ficamos as meninas na sala e os meninos na varanda.

Já eram umas 22:00h, quando ouvimos os rapazes corajosos fugindo de uma cigarra. É verdade... A cigarra apareceu no sétimo andar! Como, eu não sei, mas ela chegou até lá. Talvez estivéssemos perturbando seu sossego e ela quis vingar-se, ou foi só o acaso.

A verdade é que a cigarra se assustou mais do que eles e entrou na sala. Ficou escondida no rebaixamento do teto. Ali ela finalmente teve paz.

Nós, meninas, continuamos conversando. O anfitrião, por sua vez, foi acender umas velas para não ter que acender a luz da varanda e, quem sabe, novas cigarras aparecerem por lá! ( Só acho que houve uma confusão de insetos... Não são as mariposas as atraídas pela luz?)

Acredito que depois de um certo momento todos esqueceram da penetra.

Fomos lanchar, conversar, rir...

Voltamos a encomodá-la ou então ela queria participar da conversa, já devia estar se sentindo íntima! Começou a cantar!!! Nunca imaginei presenciar uma cena como essa. Uma cigarra cantando no rebaixamento de teto no sétimo andar de um prédio!!!

Não preciso dizer o alvoroço que se formou. Com um guarda-chuva em punho e algumas moçoilas disputando em decibéis com a cigarra, os gigantes humanos ganharam a batalha. A cigarra foi-se e a paz retornou ao ambiente.

Mas é uma história fantástica, não é?!