segunda-feira, 2 de março de 2009

Tanta falta...


Às vezes a saudade é tanta que não cabe dentro do peito. Dói tanto que atravessa os tecidos, os poros e explode em lágrimas. Lágrimas que de vez em quando parecem sem sentido...

Mas elas trazem consigo o pior dos sentimentos, o da perda.

Já são quase 9 anos e eu não sei quem foi que disse que o tempo é o melhor remédio para curar feridas. Talvez tenha sido alguém que nunca perdeu alguém que de fato amasse, que amasse até mais do que a si próprio. E se perdeu, não era alguém como a que eu perdi. Isso não tem nada a ver com "a minha dor é maior que a dos outros". É só que a ferida continua lá, aberta. E qualquer coisinha, ela volta a sangrar.

Drummond, sempre certo, sempre sensível a tudo, dizia que as mães não deveriam morrer jamais. Só quem perdeu a sua sabe o que é isso...

Sabe, há a dor do dia-a-dia, que é até suportável, mas há dias... Ah! É quando algo muito bom acontece e ela não tá lá pra ficar feliz comigo. É quando dá tudo errado e eu não tenho o colo dela pra deitar. É a falta de ter com quem conversar no fim do dia.

Dói saber que ninguém mais te ama tanto, dói saber que ninguém mais te entende tanto, dói não ter mais com quem brigar sem magoar, dói não poder mais falar mãe.... Dói não ter mais ao seu lado a única pessoa no mundo todo que sabia te amar, mesmo quando era brigando.

Eu trocaria tudo, tudo mesmo, para tê-la de volta... Não uma dia, mas agora, pra sempre!

Mães não deveriam morrer jamais...

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