terça-feira, 7 de julho de 2009

Ritos


"Ritos de passagem são celebrações que marcam mudanças de status de uma pessoa no seio de sua comunidade. Os ritos de passagem podem ter caráter religioso, por exemplo. Cada religião tem seus ritos, sendo parecidos com de outras religiões, ou não.
O termo foi popularizado pelo
antropólogo alemão Arnold van Gennep no início do século XX. Outras teorias foram desenvolvidas por Mary Douglas e Victor Turner na década de 1960. Os ritos de passagem são realizados de diversas formas, dependendo da situação celebrada; desde rituais místicos ou religiosos até assinatura de papéis (ou ainda os dois juntos).
Em todas as sociedades primitivas, determinados momentos na vida de seus membros eram marcados por
cerimônias especiais, conhecidas como ritos de iniciação ou de passagem. Essas cerimônias, mais do que representarem uma transição particular para o indivíduo, representava, igualmente, a sua progressiva aceitação e participação na sociedade na qual estava inserido, tendo, portanto, tanto o cunho individual quanto o coletivo." (Wikipédia)

A verdade é que sempre estamos tendo que prestar algum tipo de satisfação à sociedade. Quando nasce uma criança, sua foto logo é publicada no site da maternidade na qual nasceu. Neste momento diz-se ao mundo: chegou Fulano de Tal, filho de Cicrano e Beltrano, com x kg e y cm. A partir daí, somos alguém. Logo depois vem o batismo, que deixou, há tempos, de ter um caráter religioso. Você não precisa ser católico. O batismo não é mais para livrá-lo do pecado original. É uma satisfação à sociedade, assim como o matrimônio, que deixou, faz tempo, de ser uma mandamento ou um dos sacramentos. Casar é, antes de tudo, um evento social! Gasta-se o que não tem para se dizer à sociedade: estou casando. Viu só?!

Antes disso, temos o baile de debutantes. Formaturas, chá de panela, chá de bebê, festas de aniversário, Natal, Revéillon, Páscoa, dia disso, dia daquilo...

Perdeu-se o significado dessas coisas... perdeu-se a magia dos rituais. O tempo passa e perdemo-nos no vazio do futuro... As coisas não são mais simbólicas. Nada representa nada e tudo! Perdeu-se o romantismo...

2 comentários:

Sra. Confitê disse...

Minha querida Ana,

Os rituais que não são ditos á "comunidade" são os melhores.

Eles existem e só pertencem a vc.

Bjos

Nilton Braga disse...

Não me convide para chá de panela.

Lembre-se: o que interessa é o valor que VOCÊ dá aos rituais, quer eles sejam comunitários ou não.