domingo, 31 de janeiro de 2010

Variações de humor

Engraçado como podemos conter dentro de nós mesmos tantas variações de humor. E não só isso: como elas oscilam tão ferozmente!
Exemplo: Cheguei ao dia de hoje, domingo, cheia de esperanças de um dia diferente, com promessas que faríamos passeios de que EU gosto. Promessas. Palavras apenas...
Foi tudo normal... Amigo chegou mais tarde ao jogo de tênis, consequentemente o jogo foi até mais tarde... Eu? Ah! Eu fiquei com meus fiéis companheiros de domingo: a cozinha e o livro da vez.
Pois é, de novo, mais uma vez, um domingo de ódio: sozinha numa casa habitada! Ainda bem que tenho um livro para ler...
E aí vai uma musiquinha do Paralamas que me veio à cabeça quando pensei no que seria meu feliz dia de domingo!

"Eu fico pedindo atenção / Cachorro fazendo graça / você não diz nem sim nem não / Faz que não entende disfarça / E me pergunta com essa cara / Será que vai chover? / Eu não sei não não / Eu sigo chamando mas / você não me abraça / Mais um pouco eu desisto / Eu quase morro de raiva e disfarço / E me pergunto / Será que vai chover? / Eu não sei não não / Eu ando tão perdido de desejo / Em cada esquina imagino te ver / Hoje é domingo eu tenho vinte e cinco / Eu acho que vai chover / Eu sigo chamando chamando / Mas você não me abraça / Mais um pouco eu desisto / Eu quase morro de raiva e disfarço / Será que vai chover? / Eu não sei não não"

Desejo de família

Eu e marido nos casamos em 2007, mas moramos juntos há 7 anos e 7 meses. Eis que surgiu em nós o desejo de aumentar a família, sabe, amigos começando a ter filhos, e percebemos, então, que havia chegado nossa hora. Decidimos correr atrás de nosso desejo então.
Na última quinta-feira, teve reunião na vara da infância, adolescência e idoso aqui do Rio de Janeiro e lá estávamos nós.

Era um dia solene, especial para nós, e saímos de casa felizes e cheios de amor e esperança.

Não vou dizer que saímos de lá decepcionados, até porque já havíamos lido bastante sobre a dificuldade que há no Brasil para se adotar uma criança. Não por falta de canditados a pais adotivos, mas pelo pequeno número de magistrados e de tanta burocracia. Bom, não saímos decepcionados, mas convencidos e resignados com a dificuldade.

De qualquer forma, sexta-feira "suspendemos o uso do anticoncepcional", seguiremos tentanto. Frequentando reuniões, reunindo os documentos. Até que um dia nossa gravidez chega e, enfim, estaremos inscritos no cadastro nacional de adoção. E aí, é só esperar pela chegada de nosso filho!

Sem perder o amor e a esperança jamais!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Mero engano

Tenho acordado meio estranha ultimamente... Sabe, às vezes me dá uma sensação de que a vida é demasiado repetitiva. Acordo, escovo os dentes, limpo a areia dos gatos, troco a água dos gatos, coloco comida para os gatos. Bota-se e tira-se a roupa da máquina e do varal. Arruma-se a casa, faz-se comida. Vejo TV. Ouço um CD. Leio um livro. Marido chega. Jantamos e dormimos. E tudo começa de novo, salvo raras exceções. Às vezes acho chato estar de férias, parace que o novo custa a aparecer!

Essa manhã em questão foi assim. Sem bem sentir, mal acordei e minha primeira frase foi:
- Vai começar tudo de novo... Que saco!

Aí foi que tudo ficou diferente!

Tive um bom dia, que terminou na casa de um casal de amigos muito queridos!!! Conversamos, rimos, lanchamos, trocamos ideias internéticas... Sabe, apesar de inesperado, foi um dia perfeito... E a vida é assim mesmo, totalmente imprevisível! E isso é que a torna maravilhosa!!!

PS: Li esse trechinho em "Caim" ontem à noite e achei bastante oportuno: "O caminho do engano nasce estreito, mas sempre encontrará quem esteja disposto a alargá-lo, digamos que o engano, repetindo a voz popular, é como o comer e o coçar, a questão é começar." (José Saramago)

Neste sábado, foi muito bom me enganar!!!


quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Caixinha estranha esse tal de elevador...

Odeio elevadores! Além de serem minúsculos e completamente fechados, ainda é o responsável por uma das sensações mais incômodas que se pode ter no dia a dia: a de ficarmos alguns minutos com estranhos num espaço limitado sem saber como agir ou o que falar.
Ou vai dizer que você nunca ficou contrangido com a companhia de um estranho?! Eu sempre fico. Acho que pior do que ficar olhando para o chão sem saber onde enfiar as mãos é quando o seu companheiro de elevador resolve fazer algum comentário sobre o tempo. "Tá muito calor hoje, né?" "É." E acaba a conversa mais uma vez. E o meu andar que nunca chega!
E quando entra aquele vizinho educadíssimo berrando enquanto fala no celular? E, salve a Lei de Murphy!, ele mora num andar mais alto ou no mesmo que o seu.

O elevador daqui do prédio é o ó! Sem ventilação e lento... O chamo carinhosamento de "marcha lenta". Acho que muitos condôminos também se sentiam incomodados com o Marcha Lenta, coitado! Bom, coitado de nós! Pois em dezembro ganhamos mais uma taxa extra no condomínio, agora para colocar ventilação e acelerar o Marcha Lenta. Vejam só: mais de R$10.000,00 para consertar o elevador ( lembrei que o síndico escreveu que seria um concerto, quando nos "convidou" para a reunião de condomínio; o que seria bem interessante: elevador com concerto!).

Pois bem, Marcha Lenta não está mais tão lento assim. Tem também um ventilador dentro do elevador, aliás, faz tanto barulho que eu não sei ao certo se é um ventilador ou uma turbina para o Marcha Lenta ficar mais ágil!
A mudança é recente e ainda não tive o desprazer de dividir o espaço apertado dessa caixinha com outra pessoa. Sei, porém, que o desagradável ritual de dividir o elevador com meus vizinhos será o mesmo: mais comentários sobre o tempo, crianças gritando, adultos sem noção e seus celulares, e toda sorte de inconvenientes! Todavia, o percurso será feito em menos tempo e eu ainda permanecerei olhando para o chão, pois assim não preciso conversar com ninguém!!!