Ouvi este poema ontem, em um programa sobre João Cabral de Melo Neto, um dos nossos maiores poetas. O escritor Décio Pignatari definiu assim o poeta João Cabral: "Ele tem um lado popular que se chama João Cabral e tem um lado aristocrático que se chama Melo Neto. Então, ele é, um pouco, todo este universo conflituado e passou quarenta anos tentando resolver este conflito."
De qualquer forma, após ouvir o poema, revi minha amiga bailadora em ação e senti saudades... O poema é uma homenagem a ti, querida Kelly...
UMA BAILADORA SEVILHANA
Como e por que sou bailadora?
Quando era entre menina e moça
tinha comprida cabeleira
que me vinha até as cadeiras.
Me diziam: com essas tranças
não pode não votar-se à dança.
Então, me ensinam a dançar.
Sou? O que não pude decorar.
Vendo famosa bailadora:
ei-la apagada, quase mocha.
Não te agrada F... de Tal,
que todo dia sai no jornal?
Não gosto: dança repetido;
dança sem se expor, sem perigo;
dançar flamenco é cada vez;
é fazer; é um faz, nunca um fez.
2 comentários:
Ai amiga....estou tão emocionada!
Puxa, vc não imagina como eu achei lindo. Uma homenagem..principalmente ligado á dança.
Fico muito feliz e lisonjeada.
Obrigada amiga! Também estou com saudades.
Bjoks
E pensar que isso tudo é meu...
Ps.: Flavio, estou falando da Kelly.
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